Por vezes na vida é preciso fazer escolhas (1º capítulo )

Ana acordou de manhã bem cedo, com o sol a bater-lhe levemente na face visto estar um tempo nublado. Ana abriu os olhos ainda que a medo pois aquela manhã não era igual a tantas outras.

Aquela manhã ia ter um rasto de saudade no ar.

Ana arranjou-se e dirigiu-se à sala onde se encontravam os seus pais e lá o silêncio imperava.

 

 

Ana – Mãe, pai vão ver que vai passar depressa logo, logo irei para a universidade e quando terminar vou ter convosco além disso vocês sempre vir visitar-me e eu a vocês.

 

Mãe da Ana – Minha filha, sem ti não é a mesma coisa queria-te ter perto de mim, mas vais ficar aqui terás de te adaptar a outro estilo de vida, sem nós.

Peço-te vem connosco por favor? (As lágrimas começaram a fazer-se notar nos pequenos olhos da mãe de Ana ).

 

Ana tenta controlar-se ainda que por momentos parecesse que quisesse desistir de ficar em Portugal.

 

Ana – Não, eu vou ficar ponto final. (Ana sentia uma angústia no peito queria gritar dizer aquilo que sentia e o que temia mas não queria preocupar a sua mãe).

 

Pai da Ana – Ana se achas que é melhor para ti fiar, fica mas toma atenção por favor, não quero que te magoes com nada nem com ninguém. Lembra-te dos teus princípios e de onde vens.

 

Ana – Paizinho fica descansado pois não me vou esquecer quem sou porque foste quem mo ensinou, o melhor pai o meu pai. (Ambos sorriram )

 

A ida para o Aeroporto foi dura, Ana olhava para a chuva que batia no vidro do carro sim era Novembro apesar que haver algum sol escondido algures. A cada quilómetro que passava na ida para o Aeroporto Sá Carneiro Ana sentia que parte de si se ia por algum tempo, parte essa que ela iria senti falta.

 

 

Ana - Bem, parece que é agora que nos iremos separar por algum tempo, mas que não será assim tanto quanto parece.

 

Mãe da Ana – Oh minha filha, vamos sentir a tua falta, mas nós viremos ver-te sempre que pudermos. Nós amamos-te muito. (A mãe de Ana abraçava-a fortemente soluçando entre cada frase que dizia com a sua voz meiga e suave, com as suas lágrimas a caírem-lhe na face).

 

Pai da Ana – Filha comporta-te, tem juizinho e ajuda os teus primos e lembra-te dos teus estudos por favor não deixes que nada te distraia.

És a luz da minha vida. Adoro-te querida.

 

Ana – Eu também vos amo muito mesmo. Fiquem bem (dizia ela entre lágrimas no seu rosto) e liguem-me quando chegarem por favor.

 

Todos se abraçam fortemente e com a esperança de uma vida melhor pela frente.

Nisto os pais da Ana embarcam tentando assim um futuro mais promissor para todos devido à proposta de trabalho feita ao pai da Ana, deixando assim para trás a velha vida que tinham.

 

 

Ana vi-os partir com as lágrimas a escorrem-lhe pela cara. Sentia-se ferida, sozinha. Ana chorava e chorava até não puder mais enquanto esperava pelos seus primos que a vinham buscar. Até que parou e acalmou e quando deu conta viu uma multidão de fotógrafos e pessoas a apoderarem-se da porta de desembarque.

Ana olha e vê uns caracóis de ouro a brilharem, mas porém ela sente-se demasiado cansada para ir descodificar ou confirmar a suspeita que tinha e que pairava na sua mente.

 

Destino ou não este desencontro levaria ao que poderia vir a ser o primeiro grande amor da Ana.  

 

 

elaborado por acordoamor às 14:16 | link do post | comentar